04/03/2022 às 19:07 Consultoria Marketing

A pandemia e o crescimento digital das empresas

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O progresso na transformação/crescimento digital das empresas familiares em Portugal é lento, quando comparado com a média global, 38%, conforme um estudo da PWC de 2021.

A pandemia provou a importância do digital e as empresas assumem que a digitalização é uma prioridade, contudo, apenas uma em cada três afirmou que o seu caminho na transformação digital está a avançar.

Refira-se que, de acordo com as estatísticas, em 16 anos, o número de micro, pequenas e médias empresas em Portugal cresceu 19,6%. Em 2019 contabilizaram-se mais de 1,3 milhões, das quais 96% eram micro empresas, ou seja empresas familiares.

De acordo com o estudo em questão, estas empresas reconhecem que há uma certa resistência ao mundo digital, ainda assim acreditam que é uma das prioridades para o negócio crescer e manter a sucessão.

Se, por um lado, a pandemia colocou as empresas familiares menos otimistas em termos de crescimento para 2021, por outro, reduziu o conflito e uniu as famílias na sua dinâmica.

Posicionamento da marca

O estudo referia ainda que em Portugal e sobretudo nas empresas familiares, em termos das tecnologias digitais, fala-se mais do que se age, quando comparado com outros países.

A percentagem que decidiu apostar forte no digital viu no ano 2021 as vendas a subir e o negócio a prosperar, ainda que com alguma cautela, guardando o otimismo para 2022.

A capacidade das empresas se adaptarem aos novos tempos é, pois, crucial. Até as grandes empresas o fazem.

Vender produtos sem depender do intermediário é uma tendência. Veja-se a PepsiCo: lançou o site snack.com para permitir ao consumidor pedir o seu produto favorito online. A empresa entrega diretamente ao consumidor, na sua casa.

Desta forma a empresa encurta o caminho para chegar ao cliente/consumidor, mesmo em termos de estratégia, porque passa a ser ela a interagir e a estudar o comportamento do seu cliente sem passar pelo intermediário.

A Pepsi pode fazê-lo e faz, mesmo tendo o nome e o posicionamento no mercado que todos lhe reconhecem. Tem lugar 'cativo', mas não o dá como garantido, adapta-se. É um exemplo de que mesmo os ‘grandes’ têm de inovar, de surpreender.

O restaurante do bairro

Por cá, também há exemplos de forte resiliência e vontade de vencer. Se o primeiro confinamento apanhou empresários desprevenidos, da segunda vez o cenário mudou.

Aqueles que não tiveram direito a moratórias reinventaram-se. Os micro negócios viram nas redes socias um forte aliado.

Obrigados a fechar portas, mas com salários para pagar, muitos proprietários de restaurantes optaram por manter as cozinhas a funcionar, mesmo sem colaboradores. Arregaçaram as mangas, vestiram o avental e voltaram a confecionar refeições, a receber encomendas e a levá-las aos clientes.

A situação pandémica está longe de estar controlada, mas as empresas sabem hoje quão importante é estar próximo do seu cliente.

Hoje, o cliente compra, sobretudo online porque precisa, compra porque tem necessidade, compra porque se identifica com a marca.

É, pois, preciso que as marca se deem a conhecer, que interajam, que lhes proporcionem experiências de compra.

A humanização de que tanto se tem falado.

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04 Mar 2022

A pandemia e o crescimento digital das empresas

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